terça-feira, 24 de novembro de 2009


Há pouco mais de uma semana, Rosinei teve o maior susto da carreira. Em uma dividida no empate em 1 a 1 entre América do México e Santos Laguna, dia 15 de novembro, o meia bateu cabeça com cabeça com o zagueiro, desmaiou e só recuperou a lucidez na ambulância. O ex-Corinthians e Internacional, comentou da sensação de atuar para 120 mil pessoas no estádio Asteca e sobre o amor aos clubes brasileiros.
“O que houve?” Foi a única lembrança que Rosinei teve após a pancada. Ao chocar-se com o zagueiro do Santos Laguna, um corte longo na cabeça assustou os médicos do clube mexicano. Prontamente o jogador foi socorrido e levado ao hospital. Ainda na ambulância, meio grogue, ele acordou e perguntou o motivo de tanta correria. O meia ficou um dia inteiro em observação, mas já voltou a treinar desde a última sexta-feira.

- Tive um início de convulsão e fiquei muito assustado quando me disseram o que tinha acontecido. Nunca nada parecido ocorreu comigo durante minha carreira. Ainda vou realizar alguns exames para saber se posso atuar na rodada do fim de semana.
Apesar susto, o jogador tem muitas coisas boas para contar do México. Em outubro, no maior clássico do país entre América e Chivas, cerca de 120 mil torcedores lotaram as arquibancadas do estádio Asteca e assistiram à vitória por 1 a 0 do time de Rosinei sobre o arquirrival. O tabu durava três anos. O meia disse que nunca imaginou ver algo parecido e elogiou a estrutura. Porém, confessou que apesar de tudo, nada supera as torcidas de Flamengo e Corinthians, de quem ele assumiu ser torcedor.

- Eu não acreditei. Foi emocionante. Mesmo sem divisão de torcida, nunca vi briga aqui. Um clássico desse e todo mundo junto. Tomara que um dia isso possa acontecer no Brasil. Não imaginava que isso pudesse acontecer. Olhei para o estádio e não via um espaço para sentar. O América aqui é muito parecido com Corinthians e Flamengo, mas, ainda assim, não tem comparação. Os brasileiros têm muito mais paixão.
O meia não escondeu o amor pelo Timão, até cogitou retornar um dia, mas não tão cedo. Ele confirmou que está muito satisfeito no clube mexicano e que lá dão valor a ele. Diferentemente do que fez a diretoria corintiana na época em que defendia o time do Parque São Jorge. Quando começou a jogar pelo Alvinegro, a MSI, empresa que ajudava a contratar reforços, já era parceira do clube. Rosinei lembrou que foi um bom ano para sua carreira, mas lamentou a diferença de tratamento para quem veio da base.

- Subi para o principal e meu contrato era o mesmo. Os jogadores que a MSI contrava ganhavam mil vezes mais e às vezes ficavam no banco. Eu, que jogava sempre, tinha o mesmo contrato. A gente trabalha para ter nosso reconhecimento. Não é reclamar, mas isso trata do nosso pão de cada dia. Da torcida não tenho o que reclamar, só agradecer.
O clássico contra o Palmeiras no Brasileirão de 2005 é a partida que o meia recorda com mais carinho (assista ao vídeo). Além de ter se destacado naquele período, ele marcou duas vezes no duelo e ajudou o Corinthians a vencer de virada por 3 a 1. Rosinei revelou que ainda sonha voltar ao clube, mas estuda a proposta de continuar mais alguns anos no América.

- Quero jogar no Corinthians ainda, mas vou ficar aqui mais tempo. O clube deseja comprar o meu passe. Sou muito respeitado pela torcida e pela diretoria, que me passa confiança, o que infelizmente não tive por parte da diretoria corintiana – finalizou.

Fonte: Globoesporte.com

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