segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Camisa 10: a mais cobiçada no Timão

Além da disputa por uma vaga no time titular, Corinthians também é palco de uma briga velada para levar nas costas o famoso número

Leandro Canônico São Paulo


                No fim do ano passado, o meia argentino Matías
                    Defederico era o dono da camisa 10 no Timão
 
Elenco de 32 jogadores, a briga por posição no Corinthians 2010 promete agitar o ano do centenário no clube. A disputa, no entanto, não é apenas por um lugar no time titular, mas também pelo número da camisa que será usada na temporada. A numeração ainda não foi definida, porém a 10 é o centro das atenções.

Quatro jogadores esperam atuar com o número que brilhou nas costas de inúmeros craques do futebol mundial, em especial Pelé. São eles Tcheco, Danilo, Iarley e Matías Defederico. Esse último, aliás, era o dono da camisa no ano passado. Fez 12 partidas com ela, anotou um gol e virou o ano em alta com o técnico Mano Menezes.

- Eu gostaria de seguir com a camisa 10. Gosto de jogar com ela. No ano passado eu já mostrei que tenho potencial para usar o número. E este ano eu pretendo mostrar que posso continuar com ela no Corinthians – declarou o jovem meia, que vê outros três experientes jogadores cobiçando a 10.

Danilo, 30 anos, Tcheco, 33, e Iarley, 35, quase sempre vestiram essa camisa. O primeiro brilhou com ela no São Paulo, o segundo liderou o Grêmio e o terceiro fez sucesso no Brasil e no exterior com o emblemático número. Embora esse seja um assunto que chama a atenção dos atletas, Mano Menezes tem opinião diferente.

- Jogador não precisa se preocupar com número – falou o treinador, logo depois da apresentação do atacante Iarley, na semana passada.

O Corinthians só não decidiu ainda as numerações fixas da temporada porque espera o registro dos 25 atletas que vão disputar a Libertadores. Na competição sul-americana, os atletas só podem usar de 1 a 25. Até lá, portanto, os titulares usarão de 1 a 11, podendo mudar depois que ficar pronta essa lista.
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Ameaçado, Defederico luta para manter a camisa 10

Maurício Duarte
    Direto de Itu
 
O Corinthians contratou reforços de peso para o ano do centenário do clube. Porémos recém-chegadosem sua maioriaatuam no meio campo. Com issopeças importantes do time do ano passadojá temem por suas vagas na equipe titular. Como é o caso de Matías Defederico.
 
O argentinoque chegou ao clube com o status de estrelase destacou no final do Campeonato Brasileiro de 2009 e foi muito elogiado pela diretoriajogadores e torcedores. Mas Defederico admite ter medo de não atuar depois de um Brasileiro bom.
 
"O Mano é inteligente e vai saber quando terei de jogar. A Libertadores é uma competição para jogadores experientespor isso minha oportunidade vai ser no Campeonato Paulista. Vou saber agarrar a oportunidade para me firmar no time"disse o jogador.
 
Defederico também ressaltou a importância de mesclar jogadores novos com jogadores experientes e deu como exemplo seu caso e o de Dentinhoque está há muito tempo no clubemas é novo e precisa de mais experiência.
 
O argentino falou também sobre a possibilidade de não vestir a camisa 10. "Eu gostaria de jogar com a 10. Quando eu cheguei ao Corinthiansme deram o número 10. Me custou um pouco no início a adaptaçãomas depois provei que posso vestí-la"disse o atletademonstrando a vontade de vestir a camisa 10.
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Defederico admite "sentimento estranho" contra Huracán

Paulo Amaral - Itu (SP)

Único titular confirmado pelo técnico Mano Menezes para o amistoso da próxima quarta-feira, às 16 horas (de Brasília), contra o Huracán, no Pacaembu - além de Marcelinho Carioca, que fará sua despedida do futebol profissional -, o argentino Matías Defederico confessou estar vivendo um momento diferente, estranho em sua carreira.

"Vai ser algo diferente em minha carreira, pois joguei quase dez anos lá no Huracán. Vai ser uma partida estranha para mim", admitiu o hermano, de 20 anos, às vésperas do reencontro com o único time que defendeu na vida antes de vir para o Brasil.

Defederico garantiu, no entanto, que o sentimento estranho ficará de lado assim que a bola começar a rolar e avisou que já até conversou com dois de seus antigos companheiros garantindo empenho total com a camisa corintiana na quarta-feira.

"Falei com dois jogadores do Huracán por MSN (Kevin e Alan Sanchez) e avisei que hoje defendo o Corinthians e respeito muito essa camisa. Sou Corinthians e vou fazer tudo pelo Corinthians", prometeu o atleta, que na infância era torcedor do Independiente.

Ajuda ao Pé de Anjo: Dentro do "tudo" citado por Defederico está inclusa uma ajuda especial ao meia- atacante Marcelinho Carioca, que atuará como titular do Timão pela última vez como profissional em sua carreira.

"Quero fazer um bom trabalho e ajudá-lo também, pois sei que é a despedida dele. Vamos tentar ajudar para que o Marcelinho faça um gol para a torcida em sua última partida", concluiu.

 

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Defederico: protagonista no Paulistão e coadjuvante na Libertadores

Carlos Augusto Ferrari e Leandro Canônico São Paulo

Matías Defederico sonha disputar a Taça Libertadores da América pelo Corinthians como um dos principais jogadores do elenco. Mas a tendência é que o argentino seja apenas coadjuvante na competição internacional. Conformado, o meia alvinegro reconhece que a tendência é ter mais chances no Campeonato Paulista. 

 
 
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Os gols de Ferroviária 2 x 3 Corinthians pela Copa São Paulo de Futebol Júnior 2010

Mano prepara Corinthians para sofrimento, hostilidade e 'derrota estratégica'

Alexandre Sinato
Em Itu (SP)

Corintiano, prepare o coração: a Libertadores será sofrida, suada e um verdadeiro teste para os cardíacos. O alerta é de Mano Menezes. Embora esteja otimista com o início de temporada e com os reforços que chegaram, o treinador prepara o torcedor para resultados apertados. E avisa: é preciso saber perder. O torneio sul-americano não dá espaço para um futebol muito vistoso. O importante é avançar.

Por isso, a Libertadores já começou para Mano. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o responsável por conduzir o sonho de milhões de corintianos conta que já estuda atentamente os adversários da primeira fase, não se ilude com as ausências de Boca Juniors e River Plate e explica como enfrentar os caldeirões sul-americanos. Vice-campeão de 2007 pelo Grêmio, ele vê o Corinthians mais bem preparado.

LIBERTADORES JÁ COMEÇOU

"Já estamos trabalhando em cima dos adversários definidos para ver o elenco de cada um e comparar com a temporada passada, além de analisar as características dos jogadores. No Independiente, por exemplo, muitos jogadores permaneceram, então já podemos observar os jogos contra o São Paulo e estabelecer um parâmetro de enfrentamento deles contra times brasileiros."
 
SERÁ SOFRIDO

"Não tenha dúvida que será sofrido. É raro vermos placares dilatados na Libertadores, isso só acontece naqueles locais onde há outro tipo de influência no jogo, como a altitude. Fatores assim criam uma dificuldade extrema, não é só a técnica dentro de campo que conta. É preciso ter humildade mesmo na Libertadores. No futebol às vezes subestimamos um pouco o adversário menos famoso, menos tradicional, como se houvesse alguma facilidade."
 
SABER PERDER

"Claro que nunca vamos abrir a mão de ganhar, até porque não sabemos a dificuldade do jogo seguinte em casa, mas é preciso entender o regulamento. Quando não for possível vencer, tem que saber empatar. Quando não for possível empatar, tem que perder de pouco para dar a condição de recuperação no jogo seguinte. Saber encarar os jogos fora é a chave do sucesso na Libertadores. Na fase de grupos, se o time faz um ponto fora traz uma condição muito boa para decidir a vaga em casa."
 
ADVERSÁRIOS

"O Cerro (foto) tem disputado sucessivas Libertadores e isso dá rodagem à equipe, acaba com aquele assombramento e o time não teme jogo algum. O Independiente tem uma equipe forte, fez jogos duros com o São Paulo no ano passado e Medellín é um lugar difícil de se jogar. A torcida participa muito e o ambiente de jogo é forte. Entre Junior (COL) e Racing (URU), a única diferença clara é que os colombianos são mais técnicos e os uruguaios usam mais a força, são mais raçudos. Acho melhor enfrentar times mais técnicos."
 
AUSÊNCIA DE BOCA E RIVER

"Não deixa mais fácil para nós. Claro que respeitamos a tradição, mas, por exemplo, o jogo mais difícil fora de casa em 2007 [pelo Grêmio] não foi contra o Boca na final, mas sim contra o Defensor, que não está entre os mais tradicionais do Uruguai. Estivemos muito perto da eliminação contra eles. E o estádio Centenario não estava lotado, mas o jogo foi extremamente difícil. Sempre há equipes que surgem com capacidade de surpreender e elas mostram que todos podem ganhar a Libertadores."
 
PRESSÃO EXTRACAMPO

"A situação mais peculiar que vivemos com o Grêmio na Libertadores de 2007 foi no jogo de estreia, contra o Cerro Porteño, em Assunção. Estávamos indo para o estádio e os batedores da polícia que nos acompanhavam pararam nosso ônibus no meio da torcida do Cerro. Não foi fácil, mas serve como aprendizado. Não podemos abrir mão de certos cuidados, pois os adversários tentam inibir mesmo o rival de diferentes maneiras."
 
TORCIDA SUL-AMERICANA

"Tive a chance de participar de uma final de Libertadores no estádio mais temido, que é a Bombonera. Todo mundo fala da pressão, mas não há pressão que te iniba a ponto de você não jogar seu futebol. O que existe é um ambiente onde é muito fácil um jogador se desconcentrar, a equipe visitante precisa de concentração máxima, pois ela não pode errar quase nada se quiser fazer um resultado positivo. São ambientes muito comuns fora do país."
MELHOR QUE O GRÊMIO-2007

"O Grêmio não tinha a capacidade de investimento para fazer um grupo mais qualificado e homogêneo como conseguimos fazer no Corinthians. Tivemos um grande cuidado com isso. Estaremos disputando duas competições e teremos viagens longas, o desgaste é muito forte. Em determinado momento teremos que priorizar a Libertadores, assim como fizemos na Copa do Brasil. Tudo para chegarmos em uma boa condição." 
 
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