sexta-feira, 19 de março de 2010

Corinthians será o primeiro clube a dar chance a detentos

Autoproclamado "o time do povo", o Corinthians colocará seu prestígio em favor dos marginalizados pela sociedade. Na segunda-feira (22), o clube assina um convênio pioneiro no futebol, que prevê a contratação de dois detentos que cumprem regime domiciliar ou semiaberto no sistema penitenciário de São Paulo. A vaga para os detentos, que ainda não foram selecionados, será na área esportiva. Possivelmente, serão responsáveis por auxiliar outro projeto de inclusão social, este feito com a Fundação Casa (antiga Febem), que envolverá 100 menores. Às segundas e terças-feiras, o Corinthians vai ceder suas instalações para a prática esportiva dos adolescentes.

Segundo Rogerio Mollica, assessor da presidência do clube, o Corinthians deve seguir indicação do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para contratar os dois detentos. Os interessados passarão por seleção nas centrais da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania. "Poderá ser um detento em liberdade condicional ou em regime semiaberto, que dorme no presídio." Em um primeiro momento, serão apenas dois os contratados. "Buscaremos para o projeto aqueles que têm algum tipo de experiência na área esportiva", diz Mollica.

A contratação dos presidiários pelo clube do Parque São Jorge é parte do programa nacional Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A iniciativa surgiu em outubro do ano passado, em um encontro entre o presidente corintiano Andrés Sanchez e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ocorrido em Brasília. No almoço de assinatura do convênio, no Parque São Jorge, estarão presentes Gilmar Mendes e o desembargador Antonio Carlos Vianna Santos, presidente do TJ de São Paulo.

PROJETO PIONEIRO

O projeto com os detentos ainda não tem data para iniciar, mas o que envolve os garotos da Fundação Casa começa nesta segunda. "Os meninos vão assistir ao treino no Parque São Jorge, conhecerão os jogadores e depois visitarão o Memorial do clube", explica Rogerio Mollica.

Designado para cuidar exclusivamente dos projetos sociais do Corinthians, Mollica garante que a iniciativa com detentos e menores infratores é pioneira entre clubes de futebol do País. "O Corinthians foi uma das primeiras entidades esportivas a apoiar o projeto Começar de Novo", garante o assessor. De acordo com ele, o contrato de trabalho com os detentos é permanente. (AE)

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