quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Notícias sobre Riquelme

Juan Román Riquelme se diz tímido e raramente concede entrevistas. O silêncio, agora, também servirá como estratégia para a transferência do meia do Boca Juniors para o Corinthians vingar.

A negociação é "muito complexa", nas palavras do diretor de futebol Mário Gobbi. O investimento de cerca de US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 4,2 milhões) para tirar Riquelme da Argentina ficaria a cargo da DIS, braço esportivo do Grupo Sonda. O Corinthians recorreria a patrocinadores para pagar valor semelhante anualmente ao atleta.

Representante da DIS, Thiago Ferro viajaria na companhia do diretor de marketing corintiano Luis Paulo Rosenberg para Buenos Aires na quarta-feira. Isso se houvesse disposição do Boca Juniors e de Riquelme para fecharem negócio.

Com a viagem cancelada, Ferro não quer mais tocar no assunto publicamente. "Não posso falar nada sobre Riquelme. Muita coisa foi dita, e isso acabou atrapalhando", explicou à GE.Net, antes de se desculpar e desligar o seu telefone celular.

A diretoria do Corinthians partilha da cautela do empresário. Gobbi, por exemplo, preocupa-se em não causar frustração caso o clube não contrate Riquelme para a próxima temporada. "Temos um compromisso. Não vou vender ilusões. Meço muito as minhas palavras para não causar uma falsa expectativa na torcida do Corinthians. Preciso ser realista", disse.

O dirigente ainda lembrou que não alimentou as especulações, pois sempre classificou a chegada de Riquelme como um " sonho". "A minha consciência está tranquila. Sigo uma linha de conduta. Só anuncio um jogador quando ele está contratado", concluiu Mário Gobbi.

Helder Júnior - Gazeta Esportiva.Net











O Corinthians saiu em desvantagem na concorrência com o Santos por Roberto Carlos, mas conseguiu dividir a cabeça do lateral-esquerdo. Mesmo oferecendo menos dinheiro que o rival, o clube do Parque São Jorge também representa menos riscos. O jogador está animado com o Corinthians e com o que tem escutado de Ronaldo.
Na última terça-feira, Mano Menezes confirmou um acordo verbal com Roberto Carlos, ressaltando que alguns detalhes (como a questão financeira) ainda precisavam ser acertados. O jogador repetiu o discurso. Mas um dia depois, o diretor de futebol Mário Gobbi foi em direção contrária. Desmentiu treinador, lateral e mostrou menos otimismo.

O motivo? Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, a última quarta-feira foi de longas conversas entre as partes. E o tema principal foi dinheiro: salários, luvas, possibilidade de arrecadação com marketing... Os valores oferecidos foram abaixo do esperado pelo lateral. Fabiano Farah, empresário de Roberto Carlos e Ronaldo, não confirma e prega cautela.

O agente já avisou Corinthians e Santos sobre a pretensão salarial de seu cliente. Os dois rivais apresentaram a contraproposta. O time da Vila Belmiro foi o mais generoso.

Roberto Carlos se mostrou mais atraído pela oferta do Santos desde o início. Além de realizar o desejo do pai, santista fanático, ele confia cegamente no trabalho de Vanderlei Luxemburgo. Aposta que, se o treinador permanecer, irá fazer parte de um elenco vitorioso em 2010.

No entanto, a oferta santista tem um risco considerado grande pelo jogador. Luxemburgo avisou que só continua no cargo se a chapa do atual presidente Marcelo Teixeira vencer a eleição do 5 de dezembro. E como Roberto Carlos espera definir seu futuro logo depois de rescindir com o Fenerbahce (provavelmente no dia 16 de novembro), ele assinaria um acordo sem a certeza de ser comandado por Luxemburgo.

Foi aí que o Corinthians ganhou força. Muita força. Ronaldo está se empenhando pessoalmente em convencer Roberto Carlos. Além de serem amigos pessoais, o atacante confia em um bom rendimento do lateral em 2010. E quanto mais poderoso o time na disputa da Libertadores, maiores as chances de o Fenômeno atingir o difícil objetivo de ir à Copa do Mundo na África do Sul.

Ronaldo também já fez inúmeros elogios a Mano Menezes nos papos com Roberto Carlos. Avisou que o treinador corintiano tem o mesmo estilo de Luiz Felipe Scolari, com muito entendimento tático. Ambos foram comandados por Felipão na conquista da Copa de 2002 e o consideram um exemplo.

O projeto do centenário corintiano também agrada Roberto Carlos. Afinal, seu sonho é conquistar a Libertadores, título inédito em sua carreira. No Corinthians, poderia atingir tal meta já em 2010 ao lado de Ronaldo e sabendo qual será seu treinador. No Santos, dependeria da permanência de Luxemburgo e, no mínimo, esperaria um ano até a Libertadores de 2011. Roberto Carlos está dividido, mas suas declarações favoráveis ao Corinthians não são à toa.

Alexandre Sinato - UOL ESPORTE