sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fifa fala sobre o centenário do 'crazy gang' (bando de loucos)

O centenário do Corinthians não foi esquecido pela Fifa. A entidade máxima do futebol mundial, que muitas vezes entrou em conflito com o time por gafes cometidas, destacou a comemoração do "crazy gang" na versão inglesa de seu site, uma clara tentativa de traduzir para o inglês o "bando de loucos", como se auto-intitulam os torcedores do time do Parque São Jorge.

Citando Ronaldo e Roberto Carlos, que disseram ser "mais um louco para o bando de loucos" quando foram apresentados à torcida do Corinthians, a nota da Fifa começa esmiúçando a história corintiana, com destaque ao jejum de 23 anos (1955 a 1977) sem conquistas enfrentado pelo clube e a invasão corintiana ao Maracanã no Campeonato Brasileiro de 1976. Além disso, a entidade lembrou antigos ídolos como Neto, Marcelinho Carioca, Carlitos Tevez e o trio da Democracia Corintiana, Sócrates, Casagrande e Zenon.

Porém, a citação mais esperada pelos torcedores do clube só aparece mais para ao final do texto. A conquista do Mundial de Clubes de 2000 após vencer o Vasco nos pênaltis, no estádio do Maracanã, é destacada pelo site como sendo o "maior triunfo da história do clube". A entidade, aliás, trata o torneio de 2000 como sendo a "edição inaugural do Mundial da Fifa", ignorando a existência do antigo Mundial Interclubes disputado no Japão.

Sobre a atualidade, a Fifa cita novamente Ronaldo e Roberto Carlos como as principais contratações do time para a disputa da Copa Libertadores, responsáveis por dar ao Corinthians "primeira vitória na competição continental", torneio que a Fifa diz ser a "obsessão" dos corintianos. Além disso, a entidade cita o "afeto" da torcida pela Fazendinha, mas destaca que os jogos são mandados no Pacaembu "enquanto os dirigentes reivindicam um estádio novo, mais moderno, capaz de atender 52 mil membros do bando de loucos".

Fonte: Terra



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ENTREVISTA DE MANO: À sombra de Ronaldo e Roberto Carlos, Mano vira peça-chave para o Timão 2010

O ano mais importante da história do Corinthians está nas mãos de Mano Menezes. Ronaldo e Roberto Carlos são as estrelasmas é na competência e na seriedade do treinador que o Timão aposta para coroar o centésimo aniversário com o tão sonhado e inédito título da Taça Libertadores.
Nesta entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COMo treinador fala como construiu a carreira até chegar ao segundo time mais popular do paísevita falar sobre a possibilidade de assumir a seleção brasileira após a Copa do Mundo da África do Sul e garante que nunca foi contrário à contratação do lateral-esquerdo Roberto Carlosmaior reforço alvinegro para a temporada 2010.
GLOBOESPORTE.COM: Em poucos anosvocê deixou o 15 de Campo Bom-RS para assumir o segundo time mais popular do país. Como você vê essa ascensão na carreira?
Mano Menezes: Eu penso que você não consegue traçar a carreira tão objetivamente em uma sequência. Muitas coisas vão acontecendo naturalmente. Procurei me preparar para quando a chance aparecessenão decepcionar eacima de tudoaproveitá-la. Ela aparece muitas vezes e você tem que estar bem preparadonão só no fato de uma conquista de títulomas com um bom trabalho que transmita segurança para as pessoas. Acho que este é um ano em que essa oportunidade aparecerá de novo.
Acha que subiu muito rápido em comparação com os outros técnicos?
- Eu diria quese considerasse a trajetória de carreira em um time granderealmente ela surgiu rapidamente. Se considerar a trajetória de categoria de basede preparaçãode encaminhamentoacho que já surgiu de forma mais natural e mais equilibrada. Sempre digo que tive um pouco de sorte nesse encaminhamento de trajetória. Fui passando pelos segmentos com grau de dificuldade crescente. Trabalhei bastante em base. Isso me deu conhecimento técnico. Depoistrabalhei em base de clubes maioresconhecendo o que é a vivência de um grande clube. Depoistrabalhei em clube profissional menordepois médio e grande. Isso foi tornando as coisas mais naturaissem sobressaltos.



Hoje se transformou em um exemplo a ser seguido no país. Masquando ainda estava começando a carreiraem quem se inspirou?
- Quem está começando olha para muitos treinadores. Você precisa tirar a parte boa de cada um para ir se desenvolvendo. Eu tive a oportunidade de acompanhar o Ênio Andrade quando ainda não pensava em ser técnico. Você ouveolha e aprende. Depoistive a oportunidade de fazer estágio com o Paulo Autuorino Cruzeiroquando confirmei o que eu acreditava que poderia ser. Tive o Felipãocomo um treinador ganhadore o Parreirano Inter. Aprendi muito. Ele gosta de sentar e conversar sobre futebolindicar livros e coisas que foi buscar para se desenvolver.
Você sempre cita o Paulo Autuori como um exemplo de treinador. Ele foi sua maior inspiração?
- O Paulo Autuori é extremamente estudioso nas questões do futebol. Ele trabalha muito na montagem de uma filosofia de jogodetalhe por detalhe. Vai construindo uma equipetrabalhando no dia a dia para essa construção. O que me chamou mais a atenção quando fiz esse estágio é a noção clara que tem do que aconteceu de forma fortuita ou com base no trabalho. Não que você vai abrir mão da sortemas é preciso saber que foi sorte. A competência está em você saber o que foi sorte e o que foi trabalhando. Uma vezouvi de um técnico que a parte mais importante da semana é saber por que você ganhou e por que perdeu. Às vezesvocê perde de forma injusta nos conceitos do futebolmas também ganha de forma injusta. Qualquer interpretação errada vai lhe levar a um insucesso mais à frente.
Você tirou o Grêmio e o Corinthians da Série B do Campeonato Brasileiro e os colocou na Libertadores. Essas são suas principais conquistas?
- Meu maior orgulho é a linha que consegui manterporque no futebol você perde e ganha. Mas essa linha é que te torna mais respeitadomesmo na hora ruimna hora da derrota. Sei que no futebol tem conquista e tem ano que não anda tão bem. Mas esse respeito vem com essa linha de trabalho. Não tenho coisa negativa de que eu me arrependa.
Qual é a diferença do trabalho realizado no Grêmio e no Corinthians?
- Eu acho que existe um momento quetalveznão seja tão difícil assumir um grandeque é quando ele cai para a Segunda Divisão. No Grêmiotive que montar um time durante a Série B. Mesmo assimo sistema de disputa favorecia. Para quem não estava tão bem organizadocomo era o caso do Grêmiose classificar entre os oito era relativamente fácil para um grande. O acesso final foi mais dramático. Mas eu penso que a chance de um grande clube subir no primeiro ano e se reorganizar é bastante grande. Para iniciar o trabalho do técnico em si é o momento ideal. O torcedor sente uma necessidade especial de apoiar o clube. Existe uma união mais forte e uma humildade maior. Não tem melhor momento de o técnico assumir esse trabalho quando existe humildade. No Corinthianspude reunir tudo aquilo que eu penso na elaboração de um trabalho por ter iniciado desde o começo. Fizemos um ano tranquilo dentro daquilo que era o ano do rebaixamento. No ano seguintequalificamos mais a equipe e tivemos duas conquistas em três possíveis. Agorano terceiro anopretendo dar um salto maior ainda.
Você perdeu uma final de Libertadores com o Grêmio. Qual é o caminho a seguir para o Corinthians finalmente fazer uma grande campanha?
- Gostaria de repetir a trajetória do Grêmiomas fazer um final diferente. Basicamenteos torneios têm uma característica de subjetividade muito grande quando se iniciam. Quem não tiver humildade de que pode cair na primeira fase ou ser campeão está muito perto de um fracasso. Os exemplos são bem parecidos. O Inter foi campeão do mundo e caiu na primeira fase da Libertadores no ano seguinte. Eu aprendi jogando a Libertadores que você precisa ter esse entendimento. São jogos iguais sempre. O adversário sempre tem a possibilidade de ganhar. Isso vai mostrando que os times estão acostumados com a competiçãomaduroscom os principais jogadores de seus países.
Quem são os favoritos?
- Pode aparecer uma equipe colombiana como o Once Caldas. Você pode ter também outra equipe equatoriana. A LDU era fortemas o Emelec ficou com a vaga. Entãopor que não pode se firmar também? Pode ser também um argentino porque eles possuem equipe para isso. É só olhar o Torneio de Verão agora. San Lorenzo e Boca fizeram um jogo de qualidade. Há as equipes de tradiçãocomo Estudiantes e Vélez. Mas você só vai conhecer todas mesmo quando a competição começar.
Os dois piores segundos colocados serão eliminados por causa da mudança do regulamento. Isso muda o planejamento do Timão?
- Antesvocê tinha uma visão só dentro do grupo. Agoranão basta. Você precisa ter a preocupação de não ser um dos piores segundos para não ficar fora. Isso exige a preocupação de trabalhar com margem de segurança maiorter uma pontuação maior. Acho que muda um pouco o enfoque.
Diretoria e torcida nunca esconderam o sonho de conquistar a Libertadores. Para que isso aconteçao Paulistão fica em segundo planomesmo com o Corinthians sendo o atual campeão?
- Eu não gosto desta questão de ir mal em uma competição e mal na outra. Não acho que seja uma coisa saudável. É possível fazer duas competições em alto nível. Montamos um grupo para isso. O Paulistão vai ser jogado com o mesmo objetivo do ano passado. Quando tivermos uma semana de jogo da Libertadorestalveztenhamos um entendimento mais voltado para ela. Fora issoserão competições iguais.
O Corinthians se caracterizou em 2009 por jogar com três atacantes. Como pensa a formação do time em 2010 depois da chegada dos sete reforços?
- Penso mais como base o 4-4-2. Você não pode abrir mão das alternativas que tem e dizer que não vai usar mais. Se tiver necessidadejá sabe que tem uma forma confiável de jogar. Esse é o ganho quando acrescenta jogadores de qualidade. Não vamos jogar fora o 4-3-3. Mas eu penso que vamos jogar muito contra linhas de quatro defensoresque é a realidade da Libertadores. Jogar com três atacantes contra quatro defensores é um favor que faz para eles (adversários) porque vão fazer a função para a qual foram escolhidos. É preciso criar variações para essa linha de quatro. Tirando um jogador de frente e colocando outro no meiovocê acaba com isso.
O que pesou na escolha dos reforços? O que eles têm em comum com quem já estava no Parque São Jorge?
- Eu acho que o Jorge Henrique foi um dos mais regulares. Mas temos jogadores que há dois anos estão sendo regularescomo o AlessandroWilliamChicão e Felipe. Você vai vendo nas conquistas que precisa de uma base muito regularmuito mais com quem vai viver jogos de mata-mata. Você não pode oscilar. Se fizer isso em um jogo errado pode sair da competição. O treinador gosta desse tipo de jogador confiável. Mesmo que não seja brilhanteele nunca vai decepcioná-lo. Talvezo Jorge tenha sido o jogador com maior variaçãoo polivalente. A característica dos jogadores que trouxemos é essa. Você não vê um Danilo fazer grandes oscilações. Você vê o Danilo jogar de forma estávelfazendo a parte tática. Com IarleyTcheco e Roberto Carlos também é assim. Por issoescreveram toda essa trajetória.
O Corinthians contratou o Roberto Carlosmasnos bastidoresvocê era contrário à vinda dele por conta dos problemas de comportamento que ele e o Ronaldo tiveram na Copa de 2006na Alemanha. Isso aconteceu realmente? Você não queria o Roberto Carlos e só o aceitou pela falta de opções na posição?
- O Parreira dizia que o grande jogador não dá trabalho. Como regranão dá trabalho. E os dois são assim. A trajetória dos jogadores comprova isso. O Roberto Carlos foi muito questionado depois que saiu da seleçãomas nós notamos a dificuldade que é substituí-lo de forma indiscutível. Isso dá uma ideia da importância dele. Você não consegue fazer uma trajetória tão longa se não é qualificadopreparado para ideiascom personalidade e opinião. Se houver respeitoe é isso que eles queremas coisas funcionam. Eu nunca vetaria um jogador como o Roberto Carlos. Tenho uma certa inteligência para ter conseguido chegar até aqui. Um jogador deste nível você não discute. Com a contrataçãovem muita coisa boa e questão para se administrar. Se não quer administrarnão contrate. Numa derrota de Copa do Mundomuita coisa que sai não corresponde à verdade e recai sobre o jogador. Eu acredito muito nessa parte da questão da conversa francaolho no olhoque é o que faço com todos. No ano passadotivemos essa experiência maior com o Ronaldo. Passamos o ano inteiro e não tivemos problemas quanto a isso. E vai funcionar igual com o Roberto. O que eu tenho sentido é que ele trabalha para burro e é disso que o treinador gosta. Ele se dedicapresta atenção e tem vontade de ganharcomo nós queremos que tenha.
- Você pode ser coroado com um título da Libertadores pelo segundo time mais popular do país. No mesmo períodoa seleção brasileira poderá ter conquistado mais um título mundial ou terá outro fracasso. Como vê a chance de assumir a seleção caso consiga bons resultados pelo Timão?
- Não estou pensando nisso. Seria até inoportuno falarem respeito ao trabalho da seleção e também com a expectativa que vive o torcedor corintiano. Eu só penso em fazer mais uma grande temporada e aproveitar as oportunidades que temos. Nós traçamos um planejamentomontamos um grupo qualificado e eu tenho que ter todo esse meu tempo voltado para dirigir esses jogadores extremamente qualificados que conseguimos reunir. O segredo está aí: tirar o melhor de cada um. Você não pode desperdiçar essa oportunidade pensando em outras coisas que não sejam o trabalho.
Ronaldo e Roberto Carlos falam abertamente do sonho de disputar mais uma Copa do Mundo. Acha possível o Dunga mudar tanto assim o planejamento na reta final para o Mundial?
- O Dunga tem que respondernão sei o que ele pensaquais as diretrizes que o norteiam. As condições em que eu vejo de Ronaldo e Roberto Carlos são aquelas que você sempre espera de um grande jogador. Nós vamos ter duas Copas do Mundo para jogar no primeiro semestre. É assim que eu vejoé assim que eu e eles vamos querer. O resto é consequência. Nós sempre falamos que o Brasil tem duas ou três seleções para montar e ganhar o título. Não é verdade. É só olhar. Nossos atacantes não são titulares nos grandes times do mundo. É sinal de que não é tudo isso neste momento. É cíclico. Assim como Portugal passou por uma fase em que todo mundo era maravilhoso e agora já mudou um pouco. Nós também passamos por isso. Não vamos ganhar sempre. A Copa é muito de momento. A seleção chegou até agora em uma trajetória muito boa. Mas o que vai ser determinante para ganhar é como estará em junho. Se os jogadores estão em um momento ruimvocê já tem um prejuízo muito grande.
GloboEsporte.com


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Marketing e Futebol brigam no Corinthians

Itu (AE) - Não há mais como esconder a relação conturbada entre os departamentos de futebol e de marketing do Corinthians no ano do centenário. De um ladoLuís Paulo Rosenberg louco para faturar alto com amistosos e venda de camisasprincipalmente as de Marcelinho Cariocao embaixador dos 100 anos do clube. Do outroMário Gobbi e Mano Menezes preocupados que amistosos "sem propósito"como disse o próprio treinadoratrapalhem o time na importante participação na Libertadoresconquista que é obsessão de dez entre dez corintianos.
 
"Não haverá mais amistosos para o Marcelinho jogar. Despedida é uma só"disse Mário Gobbi. Para o diretor de futebol do clubeo jogo contra o Huracánfoi o último organizado pelo departamento de marketingpelo menos até o final da Libertadoresem agosto.
 
Há um viés político nessa queda de braço. Ambos negam com fervormas tanto Mário Gobbi quando Rosenberg são pré-candidatos a suceder Andrés Sanchez.
 
O relacionamento futebol e marketing tem atritos desde o ano passado. Quando Ronaldo foi contratadoacabou sendo levantada a hipótese de que Mano Menezes seria obrigado a escalá-lomesmo se ele não correspondesse. A polêmica cessou quando o craque demonstrou em campo que ainda era capaz de jogar em alto nível. Agradou tanto o técnicocom gols decisivosquantos ao marqueteiroscom camisas vendidas em abundância e contratos milionários de patrocínios.
 
Neste anoRosenberg inventou dois novos modos de ganhar dinheiro. Primeiroa contratação de Marcelinho Carioca como "Senhor do Centenário". O ideal seria que ele fosse contratado para jogar a Libertadores. Mas Mano Menezes vetou. A segunda fonte de renda sonhada pelo marketing são amistosos internacionaismas Mano contesta.
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